quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mãe, eu quero ter um irmãozinho!

Levanta a mão quem já falou isso. Levanta a mão também quem, em algum momento da vida, já meio que se arrependeu de ter falado isso.
Quando eu tinha 7 anos, e pedi um irmãozinho pra minha mãe, foi uma felicidade só. Eu não queria ser filha única para sempre, queria ter alguém pra brincar em tempo integral. Meus pais aceitaram numa boa (talvez outro filho já tivesse nos planos deles, eu só fiz facilitar a aceitação), e em 1998 nasceu Edil.
O que eu não havia me tocado (aos 7 anos), é que a nossa diferença de idade é muito grande. Quando ele quisesse brincar, eu não ia ter paciência. Nossa infância não foi junta, como eu gostaria (talvez) que tivesse sido.
De qualquer maneira, essa é a conversa. Irmão e paciência. Uma coisa eu tenho, a outra nem tanto.
A gente sempre brigou. Melhor, a gente sempre brigou muito. Nem por isso meu amor por ele é diferente. Acho que essa relação balanceada entre tapas e beijos só apimenta as coisas no mundo fraternal. Mainha adora. A gente adora (eu adoro, pelo menos). Só não sei se as famílias nos outros 11 andares também adoram. Creio que não.
Uma coisa que eu odeio é quando eu tenho mil razões para um fato, e outra pessoa tem um argumento pobre e insignificante, e insiste em usá-lo como se a vida dependesse dele.

Eu:
"A tv da sala não foi feita para jogar video-game. Você tem a sua própria televisão, não tem pra quê desconectar todos os fios e ficar trazendo essa porcaria pra cá quando na verdade você deveria estar estudando!"

Ele:
"Mas antes da televisão chegar eu avisei à mainha que ia jogar video-game nela!"

Eu:
"Não importa. Ela já cansou de reclamar com você sobre isso e você sabe que não é pra jogar aqui. E quando for jogar, pelo menos leve de volta e não deixe essa bagunça de fios. Tire daqui agora, que eu quero ligar o dvd!"

Ele:
"Mas antes da televisão chegar eu avisei à mainha que ia jogar video-game nela!"

(e assim vai infinitamente)

Discutir com uma criança de 11 anos. Se esse menino continua vivo até hoje, é porque Deus sabe o que faz. Não me entendam mal, eu amo o meu irmão (sério), mas às vezes a raiva que ele me faz toma conta de mim de um jeito que o nível de cortisol no meu organismo chega a borbulhar. E isso me faz ter vontade de encher a cara dele de porrada.

Ele machucou o dedo ontem na natação. Quase não está inchado, mas ele insiste que pode ter quebrado, e enquanto mainha não levasse ele pra fazer uma radiografia, ele não ia sossegar.
A discussão estava acontecendo na quase-partida deles para a clínica, e eu falei:

"Mãe, tire esse menino da minha frente, senão vai precisar fazer radiografia do corpo inteiro!" - E eu juro que a mão de Deus me segurou dessa vez. E de todas as outras vezes.

Irmãos - ruim com eles, pior sem eles. Brother, I love you! <3


P.S.: Esse post não tem a intenção de ter uma conclusão ou um final feliz. É só a alegre constatação de que irmãos se amam e se odeiam, e isso é perfeitamente saudável.



2 comentários:

  1. Uma vez parti pra cima do meu irmão, uma única vez (e depois de milênios de avisos de q n respoderia por mim numa próxima e próxima e próxima, até q aconteceu) só q acabei n fazendo nd demais. segurei nos ombros dele (ah, ele é 6 anos mais novo, mas já anda mais forte q eu ç.ç), balancei com toda foça do meu ser, gritando muito. ele ficou totalmente sem reação, só olhando até q mainha, q só olhava no começo, veio separar. e eu tenho consciencia de q tava sem controle, e a partir daquele dia sou mais contra o porte de armas do q já era. mas o amo demais e sei q ele me ama tbm haha =)

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  2. Sei muito bem como é. Sou o irmão mais novo aqui em casa kkkkkk Eu brigava muito com meu irmão, coisa de louco. E são "só" 3 anos de diferença. Mas irmãos são legais às vezes, só às vezes.

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