quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Decidi que vou ser rica

Há várias maneiras de se tornar milionária do dia para noite. Eu particularmente acho que esse campo é mais amplo para nós, mulheres. Imagine que tudo está indo de mal a pior. Então, um dia você acorda e esbarra num jogador de futebol. Pronto. Case e seja rica. Não digo nem 'case e seja feliz', porque a sua felicidade não vai depender do casamento, ao contrário do seu dinheiro.

Não me olhem torto, é que eu apenas abri os olhos para as possibilidades.

Brincadeiras à parte, todo mundo quer ser rico. Todo mundo diz que vai ganhar na Mega Sena, mas ninguém nunca realmente joga.
Enriquecer é uma dieta de Segunda-Feira. Todo mundo diz que vai começar a fazer, e no final das contas, na 52ª você jura a mesma coisa como resolução de ano novo, e então... tudo recomeça.
O que eu quero dizer é que não há dinheiro se não houver esforço, portanto eu vou me esforçar.
O que geralmente acontece é o seguinte:

Entrevista de emprego:

- Entrevistador:
"Então, você já tem experiência com vendas?"

- Eu (ou entrevistado qualquer, na mesma situação que eu):
"Não exatamente. Mas eu sou uma pessoa super disposta a aprender e..."

- Entrevistador:
"Okay. Obrigado por vir. Qualquer coisa a gente te liga".

E nunca mais você ouve falar dessa pessoa.

Incrível, não? Claro! As pessoas não contratam pessoas sem experiência! Tá todo mundo pouco se lixando se você está disposto a aprender, ou que você tem fluência em alguma língua e fez intercâmbio para algum país. Ou que você já organizou tantos eventos escolares, adora mídias sociais e escreve que é uma beleza. NÃO! Eles querem que você já tenha vendido alguma coisa, e nessa contagem não vale dizer que você vendia suco de acerola a R$0,50 na calçada da casa da sua melhor amiga. Então a menos que você já tenha vendido um milhão de camisetas e empilhado mil caixotes, eles não vão te querer. É um absurdo, mas é a realidade. Eu já fui a algumas entrevistas de emprego onde o pré-requisito era experiência. Fiquei com muita vontade de mandar o entrevistador enfiar a experiência no cu. Juro.

Como eu vou arranjar um emprego se as pessoas não estão dispostas a me contratar com a (falta de) experiência que eu tenho?
Enfim, sabe o lance da Disney? Eu passei. Fico feliz que finalmente alguém reconheceu o meu esforço, e a minha vontade, e me aceitou em algum lugar. Não importa o que eu vá fazer (até porque eu nem sei ainda, estou esperando a STB me ligar) o importante é que eu vou fazer. E vou ganhar dinheiro. E esse dinheiro vai ser dólar. Ponto final.

Voltando ao mundo real do real, não preciso dizer que esse mês estou bem fodida.
Hm... se você é jogador de futebol e está lendo isso, me liga, seu lindo.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Onda


Ah, o feriado... Fui surfar por 4 dias seguidos. O primeiro dia, no sábado, foi uma grande merda, devo dizer. O sol estava lindo (pelo menos estava por essas bandas), mas foi só eu colocar o pé na areia e os ventos começaram a soprar mais fortes, e as nuvens fecharam o céu, e o cinza tomou conta de tudo. Passei menos de 20 minutos dentro d'água e voltei. Já tive algumas experiências de quase afogamento, então posso afirmar que pressinto quanto uma está por vir.

Nos outros dias tudo estava bem melhor com o tempo do meu lado. Mas, vou admitir que eu não gosto dessas ondas de Ponta Negra. Tem dias que é uma atrás da outra, ondas pequenas e que quebram em cima da areia. Daquelas que quando você se safa de uma, vem vindo outra bem atrás e te dá exatos 0.01 segundos para respirar entre uma coisa e outra. No final, você fica com areia em todos os lugares do seu corpo e sem fôlego.
É difícil achar meninas que surfem. Acho que conheço umas 4, no máximo. É muito estranho quando eu vou pra praia, e fico rodeada de homens surfistas parafinados, que por muitas vezes me olham como se eu fosse um pedaço de carne. E se aproveitam da minha situação de 'minoria' para puxar assunto. Sabe o famoso: "Você vem sempre aqui?". Então, desse jeito. "Não, não venho com frequência", eu respondo. "Ah, sabia. Se você viesse sempre eu iria notar, com certeza!" (insira aqui um emoticon joinha). Já ouvi muita coisa, muita 'dica'. Algumas bem válidas, devo dizer. Outras só pretexto para tentar entrar no meu bikini. Me sinto bem desconfortável às vezes, mas tudo bem.
Então, meninas, deixo aqui o meu apelo: aproveitem as ondas. Me façam companhia, sério mesmo. Tirando os afogamentos, arranhões, e pranchadas na cabeça, a gente acaba se acostumando e gostando pra caramba.