domingo, 31 de maio de 2009

Auto-escola, Peppers e Oficina.

Eu não sei se é o cansaço que me abate nesse momento, ou a falta de necessidade que me impede de começar o post com qualquer saudação, então sintam-se logo introduzidos à esta breve leitura, sem mais.
Amanhã eu tenho a minha segunda aula prática na auto-escola. Cara, eu estou nessa enrolação desde Fevereiro, então é algo realmente emocionante saber que finalmente minhas aulas de direção começaram. Quinta eu tive a primeira, fui bem. Não estanquei muitas vezes, não atropelei nada nem ninguém. Quem sabe foi apenas sorte, mas nada que o exercício não aprimore.
Falando em aprimorar, ontem foi a Gincana do Jasac. Eu estava com '10 vontades' de ir pra lá. Você estar doente e ir pra uma gincana sabendo que não vai poder fazer nada não é nada animador. Preferia ter ficado em casa descansando, evitando todo aquele vento e poeira. Mas enfim, agora já fui, já perdemos e tudo mais (mas temos algo pra nos orgulhar. Campeões da corrida com limão na colher, u-hul!). Enfim, essa animação precisa ter mais presença. É completamente normal que seja assim na época de Gincana. Ainda rola toda aquela insegurança e coisa e tal. Eu sei que no dia do Encontro nós vamos arrasar, então nem me descabelo com essas almas preguiçosas que cantam pra dentro. Até porque ontem mesmo eu fui um peso morto nessa história toda de cantoria e animação.
A noite de Sábado foi divertidíssima (sem ironias, Flavinha ¬¬). Sargent Peppers com Tricor, sem mesa e sem comida. Mas não me importa, acho super válido ir ao Sgt pra ver Tricor. Mesmo ficando sem mesa, mesmo ficando com fome. Apesar da gente ter ido embora no finalzinho, nem sei se elas chegaram a cantar 'Quase Sempre Perto' ou 'Poente'. Tudo bem, não tem problema. Meus pés já estavam me matando por causa daquele salto e eu já tinha me satisfeito com o que vi. E depois, o meu estômago estava quase me engolindo de dentro pra fora. Comemos no estacionamento do McDonald's em plena madrugada. Risadas e alimentação (McOferta do Quarterão com Queijo sem picles e sem cebola, mas com o molho!), amo muito tudo isso.
Enfim, depois de 4 longas horas (pareceram longas mesmo) de sono, eu acordei (contrariada, sem muito clima para compromissos inadiáveis assim num Domingo de manhã). Mesmo com a voz rouca e a tosse de tuberculosa em recuperação, eu tive que ir fazer o teste pro 'Oficina Musical'. Cantei trechos de "I'm Yours'', "Te Espero No Farol", "Pequena Eva" e "Tearin' Up My Heart'' (Ahan, eu super tive cara pra cantar N'Sync em um teste vocal. Super arraso que é). Minha voz falhou um pouco, mas acho que foi o que eu podia esperar dela. Não posso querer demais em horas assim. Sem forçar, um passo depois do outro. Esse é o lema da recuperação.
As aulas começam próxima semana e eu estou empolgadíssima! As palavras 'Eu tenho muita influência tanto aqui em Natal quanto no eixo Rio-SP', que o Diretor deixou escapar na breve conversa que teve com a gente, super me cativaram. A brincadeira é jogo sério, adoro essas coisas.
Agora eu não sei se é a vontade que continua me abatendo, ou se é o fato de o almoço estar na mesa que me impede de terminar o post de maneira adequada. Então aproveitem esse clima de despedida na última linha antes do ponto.



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Stand By Me - Oasis - (sugestão do dia).

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Retrocesso

Eu não havia pensado em escrever nada hoje. Não estava com ânimo suficiente para detalhar, comentar ou mencionar alguma história de dias recentes. Entretanto, fiquei realmente chocada com algo que li hoje, e que certamente merece o meu protesto.
Já não bastava a babaquice da 'proposition 8' ser aceita nos EUA, impedindo o direito ao matrimônio entre pessoas de mesmo sexo. QUAL É! Já não tinham liberado uma vez? Pra quê vir com essa idiotice de proibição de novo? Pra tirar o mérito de anos de luta por igualdade social? E os Estados Unidos da América não é o 'Ó tão aclamado' país da liberdade? 'With freedom and justice for all'. É isso que diz o 'Pledge Of Alliance'. Cadê a liberdade? Cadê o bom senso? Certamente estão escondidos em meio à tanta justiça (insira aqui a cara de desdém que achar mais apropriada!). Don't let me down, America!
Eu sou brasileira, 18 anos, estudante universitária, e eu sei o meu lugar na sociedade. Eu sei que o meu papel é levar outros jovens como eu ao melhor patamar de cidadania, mostrando que juntos podemos ver o tal 'progresso' que estampa nossa bandeira prosperar. Eu sei também que o meu país também não é a favor de casamento entre homossexuais. E pra ser bem realista mesmo, eu acho que nem perto disso está. Apesar do Brasil ser muito conhecido pela 'bagaceira' e a mania das pessoas resolverem seus problemas 'ao jeitinho brasileiro' ou no famoso 'se joga', ainda falta muito pra que os verdadeiros problemas sejam levados à sério como se deve. Justiça é algo que passa longe, e liberdade é algo bem subjetivo. Eu não quero que me interpretem errado. Não estou colocando o Brasil no lugar mais elevado da balança ao se tratar desse assunto. Muito pelo contrário, eu acho que os Estados Unidos levam essa de longe. As leis têm vez, e isso é fato. Não me crucifiquem por não expressar com tanto louvor meu lado nacionalista. Eu sou brasileira, na cara e na coragem, apesar de tudo. E o sarcasmo que utilizo para falar de um país que não é meu, foi usado simplesmente porque admiro vários aspectos, e mostro-me decepcionada quando algo assim acontece. Não acho justo que o direito de alguém ser feliz seja abdicado por alguém que não você mesmo. Não que casamento signifique felicidade. É mais pelo simbolismo da coisa toda. Ser gay e estar casado legalmente, dentro dos seus direitos, como qualquer pessoa que assim deseja. Isso não deveria ser relevante. Mas infelizmente é. O que me conforta é saber que muita gente lá, assim como eu aqui, acredita que isso vai mudar. Na melhor das hipóteses eu dou uns 10, 15 anos pro Brasil ascender em relação à isso. Quem sabe eu até esteja sendo otimista demais.
Bom, esse não é o ponto. O ponto é que nessas enroladas todas eu me decepcionei. Porque eu achei que dessa vez realmente a coisa ia andar. Achei que a sociedade estivesse caminhando prum caminho mais feliz. Pensei que dessa vez eu pudesse respirar aliviada e pensar que finalmente, finalmente algo grandiosamente do bem reinou.
Agora o papo da vez é que a maioria branca de um Estado resolveu se revoltar e sugerir uma proposition para proibir os casamentos Inter-raciais. Sinceramente? Sinceramente. Esse é o mal em cada Estado ter suas próprias leis. De um lado isso é bom, do outro é como se não existisse coisa pior. Enfim, isso é tão, mas tão ridículo e absurdo que não vai pra frente. É como tentar voltar o Apartheid, sem essa! Eu até "aceito" que haja essa controvérsia com relação ao homossexualismo, porque é assunto atual. É cada vez mais vivo no mundo de hoje. Mas esse preconceito racial é muito 'last century'. Por isso que eu acredito que não vá dar em nada.
E se você achou revoltante o que leu até agora, talvez não imagine que haja algo mais revoltante ainda pra ser lido. Agora na linha miscigenação. A porra do nazismo tá insistindo em sair do 'submundo'. Ah, é, tão querendo fazer Hitler reinar novamente. Como se isso fosse algo realmente bom. 'Vamos purificar, somos a grande raça'. Desculpem-me as palavras,* mas a minha vontade é enfiar um pedaço de pau bem grande no cu de um filho da puta *que acredita em ensinamentos como esse.
Saiu uma matéria na IstoÉ, dia 16 desse mês. Vou colar partes, e deixar o link para quem se interessar em ler o resto.

"Neuland é uma "nova terra", onde não falta emprego aos cidadãos e o salário mínimo é de 840 euros (R$ 2,4 mil). Nesta República Federativa, o hino nacional é o último movimento da Nona Sinfonia de Beethoven e a capital foi batizada de Magno - para afirmar sua grandiosidade. Há três prédios interligados, com 200 mil metros quadrados e 160 andares cada um. Neuland poderia ser o país fictício de uma narrativa fantasiosa. Mas a mente de quem criou esta nação-babel, com 20 idiomas oficiais, é a mesma que está sendo acusada de planejar a morte de um rival, motivada por uma ideologia que já foi usada para justificar o assassinato de milhões de pessoas no século passado e se mostra viva no Brasil de 2009: o nazismo."

"A rede com ramificações no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País é formada, em sua maioria, por jovens de classe média ou alta, com boa formação intelectual. A exigência é tão grande que, para ser admitido na facção, o candidato precisa passar por uma rigorosa prova. A avaliação é realizada pelo computador, em um documento enviado por e-mail com uma senha de acesso e 30 perguntas dissertativas como "Os fins justificam os meios?", "Quem era Adolf Hitler?" e "Quais e como eram os principais governos da Europa na década de 40?".

"É desde cedo que se ensina respeito pelo outro, afirma o delegado chefe do Cope, Miguel Stadler, que destaca o desconhecimento dos pais dos envolvidos no caso do Paraná - nenhum deles sabia que os filhos tinham simpatia por Hitler. "A discussão sobre preconceito é urgente", afirma o delegado Caricati. "Quem imaginaria que, décadas depois, uma ideologia baseada em barbárie seria responsável por um crime desses?" Ainda mais no Brasil, onde a miscigenação é uma marca indelével do País."



http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/7207/Revista-ISTOE-Os-nazistas-brasileiros
(caso não funcione, copie e cole no seu navegador)


Eu me pergunto aonde isso vai parar. Não é nada fictício, não é milhares de quilômetros de distância da gente. Muitas vezes é debaixo do nosso próprio nariz, e a gente não vê as coisas acontecerem. Eu quero muito fazer valer do meu direito como cidadã brasileira. ISSO SIM merece ser banido, extinguido, aniquilado da face da terra. Olha o século em que vivemos. Tanta coisa pra chegar ao mesmo lugar? Pra continuar na inércia social? Já não evoluímos tanto pra ter que parar agora? A boa evolução, minha gente, nunca é demais. Não estou falando em andar com 'duas patas', não estou falando em super população de grandes metrópoles, produção de lixo excessivo, fabricação de armas nucleares "sem fins", ou guerras não justificáveis. Eu tô falando da evolução inteligente. A evolução social que todo mundo um dia já idealizou. A evolução mais que necessária, mais que merecida. Se vocês têm algum senso crítico do que é feito uma sociedade, do seu dever como cidadão do mundo, abram os olhos pra o que tá acontecendo. Fiquem cientes das barbaridades que acontecem onde vocês não imaginam, abram as mentes para a busca por mudança. E isso tem que vir de ninguém menos que nós mesmos. Não que meu post vá mudar a votação da proposition 8, ou sabe lá qual. Minhas palavras não vão explodir o complexo nazista. Mas elas podem abrir os olhos de muita gente que 'não tá nem aí, e o mundo que se foda'. Pelo menos é o que eu espero. E como espero. Quem anda pra trás é caranguejo, minha gente. Pensem nisso!

terça-feira, 26 de maio de 2009

O Que É...

...Uma pontinha marrom no meu pulmão? Isso mesmo! Uma Brownquite. Sim, já estão liberados para rir. Estou num momento muito Satine (vide Moulin Rouge, vide Tuberculose) da minha vida. Não consigo dormir, a tosse me consome por completo. Quando eu finalmente acho que vou melhorar, lá vem aquela tosse irritante. Além do mais, estou rouca. Não tenho voz nem pra cantar o 'ABC', quanto mais para ir aos ensaios da minha banda. O teste vocal que eu ia fazer para a oficina Em Cena, que seria dia 24 deste mês, foi adiado para o meu alívio. Agora será dia 31, e não, eu não estou aliviada. Não estou nem um pouco aliviada porque hoje é dia 26 e eu me sinto como uma tuberculosa em estado terminal. Tá, talvez não seja pra tanto, mas é algo assim.
Tudo começou quando o que eu achava ser uma simples crise de garganta se complicou após a minha exposição ao estúdio mofado no qual ensaiamos Quinta-Feira, para o show da Sexta. E então, na Sexta, aquele ar-condicionado do Seven, muito provavelmente fabricado no Pólo mais frio do planeta, fez com que a situação agravasse. Agora eu estou sem voz, e já praticamente sem pulmão. Estou vivendo à base de chás medicinais, antibióticos e pastilhas para garganta.
Anteontem, eu fui fazer um chá de maçã com canela (como sempre faço, a diferença é que eu fui fazer com a fruta e a canela, ao invés da tradicional infusão com saquinho) e as maçãs estavam murchas, e a canela estava vencida. Quem não tem cão caça com gato, não é mesmo? Descasquei a maçã, e por via das dúvidas não fiz uso da canela em casca, e sim em pó. O resultado final é que ficou uma substância alaranjada com gosto de meia, e pouco eficiente. Não sei como não me lembrei que aqui no prédio tem uma horta, e que eu poderia ter buscado algo como hortelã lá em baixo.
Enfim, hoje sucumbirei aos encantos da minha cama mais cedo. Vou ler e tomar o chá das 22h antes que essa tosse, que me ocasiona insuficiência respiratória, afete os níveis de oxigênio do meu cérebro de uma vez por todas.

domingo, 24 de maio de 2009

Entre páginas


Ontem, ao terminar o livro que estava lendo há algumas semanas, senti um vazio. Desejei que ainda restassem algumas páginas a serem lidas, alguns capítulos a mais. Qualquer coisa que me prendesse à ele por mais tempo. 'O Caçador de Almas' de Alex Kava é realmente muito bom. Esse vazio 'pós-término' literário é algo que me acontece com uma certa frequência. A leitura se torna parte da rotina, como se o convívio com os personagens fosse real. Sim, laços inquestionáveis se formam. É tanto que, ao começar um outro livro, é notável um certo estranhamento inicial. A história é nova, os personagens são outros. Você entra em um universo completamente diferente, que em breve torna-se familiar.
Hoje, ao entrar na livraria, fui direto ao ponto. Peguei dois livros que muito me interessavam e me dirigi ao caixa. Semana passada, fiz a mesma coisa. Entrei na livraria, me deparei com uma infinidade de livros interessantes (ou não), mas ao invés de escolher um ou dois como fiz desta vez, simplesmente fiquei vagando de estante à estante, completamente perdida. Os livros que estavam lá semana passada eram os mesmos que estavam lá hoje. E ainda assim, hoje eu não tive maiores complicações na hora de achar o que queria. Acontece que, dias atrás eu não sabia o que procurar, exatamente. Não sabia bem o que queria, o que ia satisfazer meu gosto. Comprei "O Outro" de Bernhard Schlink, mesmo autor de "O Leitor" (estou esperando ansiosa para que o filme chegue logo às locadoras) e "Fração de Segundo" de Alex Kava, autora de "O Caçador de Almas". Gostei muito do estilo dos dois. O modo com que Schlink escreve faz com que você imagine exatamente as formas do que ele quer descrever. As ruas, o clima, as conversas. E, pelo que pude perceber a partir de "O Leitor", ele deixa os mais íntimos pensamentos com ar de públicos (acredito que só lendo pra conseguir perceber o que eu estou tentando dizer). Já Kava escreve com uma naturalidade impecável. A leitura é fácil, você se envolve mais rapidamente. Ah, eu sei que não estou aos pés de qualquer crítica literária, e acredito que minha palavra pouco importe à vocês, mas é só uma opinião. Aqui estão as capas dos livros mencionados (para futura referência):






quinta-feira, 21 de maio de 2009

R$ 3,00

Salve, salve, povo brasileiro. Muito tempo depois do prometido, tomei vergonha na cara para começar um blog novo. Há tempos que eu dizia que ia finalmente começar a escrever algo além das minhas histórias engraçadas do intercâmbio.
Bom, faz meia hora que eu escrevo e apago, escrevo e apago a mesma linha. Então nada melhor do que começar do começo. Esses dias estive pensando: quando eu era criança, a sensação do momento era o tal do Kinder Ovo. Kinder ovo pra cá, surpresinha de montar pra lá, e todo mundo se divertia montando aqueles leões de 3 pecinhas de encaixe, ou um aviãozinho com hélice minúscula que girava. Eu mesma tinha vários daqueles brinquedinhos hiper bonitinhos e divertidos de colecionar. Hoje em dia o que se vê? Qual a criança que fala sobre isso com ar de satisfação? Olha, eu falo por experiência própria porque já vi moleque juntando moeda por uma semana inteira pra poder comprar o chocolate. E digo mais: não era nem pelo brinquedinho. Era mais pelo prazer de poder dizer 'Eu comi um Kinder Ovo'. Hoje, dois amiguinhos não dividem um Kinder Ovo. E se um tem e o outro não, o que não tem dá escândalos até que a mãe, finalmente, cede. E o pior é que ninguém tá mais nem aí pra porcaria do brinquedinho.
Ah, que saudade da época que a gente dava um real, comia feliz e brincava feliz.
Então, o título é a representação dessa minha parcela de indignação quanto ao capitalismo sobre um chocolate que, um dia, foi de todos. Ou pode se dizer que é pra ser engraçadinho e inusitado mesmo.
O post de hoje é inaugural. Sendo assim, ele deveria ter algo de especial. Portanto as 100 primeiras pessoas que entrarem no blog, ganharão uma caixa de Kinder Joy (porque KJ tem duas bolinhas de avelã. Há. Descobri!) com 8 unidades. O quê? Haha. Tá, vai. Não vou brincar com coisa séria. Ninguém vai ganhar nada mesmo.
Encerrando meus dizeres, gostaria de pedir um momento de reflexão (e comentários) sobre as coisas da sua infância que mais fazem falta. Coisas que hoje são bem diferentes de como era antigamente. Enfim, opinem. Beijinho, beijinho e tchau, tchau! (Há, brinquei!)