sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

E à você, 2011, até logo e obrigada pelos peixes.

Esse ano foi pra mim algo como uma rollercoaster de emoções muito filhadaputa. Começou ótimo. Dia 30 do ano passado eu estava muito linda com um amigo peruano e uma fofíssima amiga/roomate brasileira assistindo aos fogos em 360 graus no Magic Kingdom, achando a coisa mais linda do universo enquanto os números estouravam em contagem regressiva no céu. No dia seguinte, vi (parte da) mesma coisa, enquanto esperava alguém vir comprar o primeiro chocolate, vanilla ou swirl cone do ano. Quer entrar o ano feliz? Peça um strawberry banana e corra para a spacemountain. Sem preocupações, tudo lindo, uma maravilha de Reveillon. Mas também, eu não precisava de muito. Até o meu Natal (cuja ceia foi duas pizzas do Papa John's entre alguns bons e lindos amigos) foi incrível.
Depois de Março as coisas complicaram pro meu lado. Não apenas por ter deixado a Disney, tinha muitas outras coisas na jogada. Entrei numa onda terrível de tristeza e saudade, y otras cositas más. Sabe aquela época em que tudo dá errado, e você não se incomoda de enxergar o melhor em nada, porque tudo tá ruim mesmo, e se você for tentar melhorar vai deixar pior?
Fiquei nessa um tempo. Aos poucos fui entendendo, melhorando, mas foi preciso que alguém chegasse pra mim e me pegasse pelos ombros e me balançasse e me chamasse de idiota e me fizesse questionar o que diabos eu estava fazendo comigo. Deixando a tristeza tomar conta. E que tudo era tão melhor quando eu estava feliz. And then we took playing guitars to a whole other level, lol.
O ano se seguiu de uma maneira meio rollercoaster filhadaputa, como eu já falei. Alguns testes de paciência, muito choro, muito riso, muito amor. A faculdade, que eu tinha quase desistido no primeiro semestre desse ano, já estava muito melhor. Eu comecei a levar as coisas mais à sério e fiz uma promessa de não ir de shorts pra aula.  Sofri muito bullying, aff vocês.
Minha mãe precisou fazer uma cirurgia bem complicada, e o período incerto entre o procedimento e a maravilha que está agora foi meio tenso também.
Por fim, nesse exato momento eu creio que posso dizer que me encontro num grande (e final) teste de paciência. Do tipo pensar um milhão de vezes antes de dizer alguma coisa. Mas tudo bem, como minha mãe falou: é temporário. É temporário, é temporário, eu repito sozinha pra me encher de paciência, Deus.
O ano que acaba amanhã foi um ano muito peculiar. As coisas boas COM CERTEZA superam as ruins em termos de importância. Mas eu não consigo parar pra pensar nele como um 'Olha que ano maravilhoso que você foi', não. Muitas lições, sim. Depois de tudo, não era pra menos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aniversários: um paradoxo do pretérito perfeito complexo com a teoria da relatividade


11 meses. 8 meses. 5 meses. 4 meses. Próximo mês. Amanhã! Aí complica.


Sou o tipo de pessoa que conta os dias para o aniversário chegar. Fico super empolgada com a ideia de que lá vem de novo pra me lembrar que sim, o tempo passa. Rápido.
Penso que vou acordar naquelas de querer dizer que é um dia normal, como todos os outros, mas rezando pra nenhuma merda acontecer, porque a quem eu quero enganar? É o meu aniversário, e aniversários são tipo o dia que a gente pode fazer praticamente qualquer coisa, e usar como desculpa. Se você quer mais carinho, mais festa, mais comida, mais amor, mais beijo, mais ligações, mais bebedeiras, mais roupas, mais livros, mais favores, mais tudo. É o seu aniversário e é como se todas as outras pessoas do mundo precisassem te servir (não é?).
Daí eu fico toda feliz, ó meu Deus, 21 anos. E aí por um momento eu paro e penso 'Ó MEU DEUS, 21 ANOS!', com uma diferença incrível de entonação no pensamento (isso quando acidentalmente a frase não me escapa e eu acabo falando como se, sei lá, tivesse acabado de presenciar um acidente).
É muito engraçado (ainda que insuportável) quando eu começo a me irritar por causa das coisas mais bestas que seguem o meu dia. Quando passa a euforia e eu começo a pensar no que eu vou fazer, e eu não sei. O que eu quero comer, e eu não sei. Pra onde eu quero ir, e eu não sei. É, eu não sou muito o que vocês podem chamar de pessoa decidida.
Anyways, o que sempre me aflige é o medo da onda de azar que vem junto do dia 7 de Dezembro. Só que na real, na real mesmo, acho que isso do azar é lenda. Das coisas chatas que um dia aconteceram e eu tive aquilo como rotina, e temi que acontecesse num loop infinito para o resto da minha vida. Mas não é assim. Só porque um (ou dois) aniversários foram repletos de azar, não quer dizer que isso se tornou um hábito. Parando pra pensar, os meus últimos aniversários foram super legais.
A única coisa ruim que me aconteceu ontem foi eu ter quebrado três Stellas e esquecido outras duas pra estourar no congelador, fazendo com que eu só tomasse uma do pack de seis. Certo, podem me chamar de herege.
O resto do meu dia foi lindo, fofo, feliz, agradável. Agora vem a contagem regressiva novamente. 21, I welcome you into my life.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Hiatus

Quando você fala publicamente sobre estar deprimida e simplesmente some, as pessoas presumem que você morreu. Ou que ainda está morrendo de chorar pelos cantos.
Sempre esboço a vontade de voltar, mas sempre desisto nas primeiras palavras. Me distraio ou perco a vontade de falar sobre determinado assunto que antes me parecia tão maravilhosamente legal.
Os posts sobre a viagem à Califórnia PRECISAVAM ser escritos, por isso não deixei de lado (ainda que tenha havido um grande intervalo entre um post e outro).
Vejam bem, isso não é um sinal de que eu ainda estou mal. Minha vida está ótima, se você quer saber. Só que eu não alimento mais o mesmo desejo que tinha antes, talvez por consequência.
Ainda estou esperando aquela ideia magnífica que me leve ao total desfrute (leia-se: não distração) antes/durante o processo criativo de escrita neste então tão amado blog.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Road Tripping pela Califórnia (Parte IV): Los Angeles

Chegamos ao começo do fim. Saímos de San Diego em direção à Los Angeles, nosso último destino antes de voltar pra o Brasil. Todo mundo meio assim com o coração na mão, né.
Pudemos logo de cara perceber a enorme diferença entre LA e os outros lugares que visitamos. Perdemos inúmeras saídas, brigamos com Bárbara (nossa GPS), e enfim, foi um pouco cansativo, mas no fim das contas tudo deu certo e chegamos ao Orbit Hostel.
Lá era bem ajeitadinho, mas de todos acho que foi o que eu menos gostei.
Eu precisava lavar as minhas roupas, então peguei tudo e fiz uma trouxa e fui sozinha até a lavanderia, que ficava perto da garagem e para chegar até lá era preciso arrodear o hostel pelo lado de fora. Nisso eu encontrei um cara bizarro, estilo Matrix que ficou falando que queria ser meu amigo, perguntando se podia me seguir, dizendo que gostou da minha energia (tudo isso com uma voz profunda e bizarra de um cara bizarro com botas pretas de Matrix e sobretudo longo). Grudou em mim, cismou que minha energia era cósmica. Eu fiquei morrendo de medo dele fazer alguma coisa comigo, mas como já me disseram meu santo deve ser mesmo muito forte.




Peço que me desculpem, mas não tenho muito a dizer sobre Los Angeles. Há quem discorde de mim, mas eu esperava muito mais. Não sei se foi por ficar menos tempo por lá, não sei se foi o fato de estar voltando pra casa em tão pouco tempo. Alguma coisa me fez pensar em LA como não sendo grandes coisa. A calçada da fama é só uma calçada onde as pessoas pisam. O Hollywood sign é só um monte de letras numa montanha onde você sobre um caminho meio filho da puta pra chegar lá de carro, tira a foto e vai embora. Mas não me levem a mal, lá é bem legal. Só não é como eu esperava.
Bom, o melhor de tudo com certeza foi ter visitado os estúdios Warner. Passeei por Rosewood (Pretty Little Liars) que também é Starshollow (Gilmore Girls). Vi o Merlotte's (True Blood), e o mais lindo de tudo: sentei no sofá do Central Perk (FRIENDS). Entre outras coisas bem legais.
Andamos à noite pela Sunset Blvd., parei pra tirar foto (e entrar, claro) no LA INK.




Uma coisa inesperada aconteceu: arranhamos o carro no estacionamento do hostel. O carro era vermelho, ficou com um monte de risco branco. A gente ficou desesperado tentando limpar pra ver se saía. Tentamos hidratante, água, sabão, mas nada funcionou. "Ok, estamos fodidos!" pensamos. Mas não, depois com a cabeça fria fomos à locadora, lemos o contrato e vimos que tinhamos o seguro contra isso.
No meu último dia lá o pessoal foi me deixar no aeroporto (e eu tenho quase certeza de ter visto a Meg Ryan de longe) e de lá seguiriam para a Disneyland. Eu estava me matando por dentro. Podia ter ido pra lá, queria ter ficado mais. Mas tive que ir embora. Meu coração doía demais, e eu só queria chorar. Dei tchau à todos e fiquei lá esperando meu voo.
Fiz um monte de anotações no iPod, todas falando sobre como eu não queria ir embora. Mas, é a vida né? Não podia ser pra sempre. E assim acabou, entrei no avião, chorei, dormi, cheguei em casa, fui recebida no aeroporto por família, amigos e cerveja, e fim.

domingo, 28 de agosto de 2011

Road Tripping pela Califórnia (Parte III) – San Diego (e Tijuana)



Continuando nossa aventura pelas estradas norte-americanas, saímos de Las Vegas em direção à San Diego, penúltimo destino da nossa viagem.
San Diego é, realmente, uma cidade maravilhosa. Nossos dias lá foram muito caseiros, nós não curtimos nenhuma balada, mas conhecemos pessoas maravilhosas, e visitamos alguns pontos turísticos.

É impossível falar de lá sem falar do nosso Hostel. O melhor que ficamos (na minha opinião, acho que da galera também). Além da estrutura super legal (apesar das escadas gigantes pra subir com tanta mala), nossos dias lá foram mais alegres por conta das pessoas que conhecemos.
Brasileiro quando se junta já sabe que é diversão garantida. Tinham uns caras brasileiros trabalhando lá, e nós fizemos a festa.





Quando viajamos para participar do International College Program na Disney, o nosso visto é válido somente pelo período da nossa estadia. Do dia que o programa começa, ao dia que o programa termina. Mas nós temos 30 dias de “Grace Period” que é o tempo que o visto é válido depois da data de expiração. Entretanto, nós não podemos deixar o país, ou o visto é cancelado. Conta como se nós tivéssemos voltado para casa. Se você tiver um visto de turista, tudo bem. Ou você pode simplesmente fazer o que eu fiz, e viajar pro México com o cu na mão.

O pessoal lá do Hostel organiza sempre uma programação irada com os hóspedes. Passeio em grupo, churrasco, filme, essas coisas. E quando nós estávamos lá, estava na programação uma viagem à Tijuana, no México, que fica há aproximadamente 30-45 minutos de San Diego. É do lado. Todo mundo se animou pra ir, inclusive eu. Eis que surgiu o problema: todo mundo tinha visto de turista, menos eu e Jaque. Ficamos na dúvida sobre o que aconteceria na volta, quando passássemos pela alfândega na divisa. Eles só pedem documentação etc na volta, a ida é tranquila (por isso tanta gente comete crime e foge pro México, tsc tsc). Pensamos muito, analisamos as possibilidades e decidimos ir. O máximo que ia acontecer era termos que voltar pro Brasil direto do México. Besteira.


Tijuana é uma desordem só. Não é lindo, nem nada. Eu achei irado ir porque né? Agora eu posso dizer que fui num "puteiro" em Tijuana.
Fomos à um restaurante primeiro, onde eu comi meu primeiro taco genuinamente mexicano. Depois fomos às casas noturnas. Diferente dos EUA, no México a maioridade é 18 anos, então eu e o Rapha pudemos beber.


As "casas noturnas" (que na verdade são puteiros mesmo) eram mega bizarros. As mulheres MUITO feias, os homens também. A coisa mais bizarra que eu vi na vida COM CERTEZA foi a seguinte cena: duas mulheres, cobertas com espuma, dançando "sensualmente" e, er, bem... usando velas de sétimo dia de maneira inapropriada. Não direi mais que isso pra não traumatizar vocês, HAHAHA.

Na volta pra San Diego, passamos pela alfândega, eu passei de boa, altamente vedada. Mas deu tudo certo. Chamaram a Jaque pra uma salinha, mas no fim ela respondeu umas perguntas e foi liberada, e só alegria.

San Diego foi ótimo, muito bom mesmo. A cidade é linda, e bem jovem. Da próxima vez que eu tiver a oportunidade de ir lá, vou conhecer a cidade mais intensamente. As baladas, praias, etc. Enfim, saímos de San Diego em direção à Los Angeles, nosso último destino da viagem.



terça-feira, 5 de julho de 2011

Road Tripping pela Califórnia (Parte II): Las Vegas


Dando sequência ao post sobre roadtrip que eu fiz pela Califórnia com uns amigos, em Março desse ano.




Saímos de San Francisco em direção à Las Vegas. Sin City. Cidade da putaria. Como você quiser chamar. Las Vegas fica em Nevada, como eu falei no post anterior e vocês devem saber, sei lá. Não é Califórnia, mas estava dentro das nossas possibilidades.
Não lembro mais alguns detalhes sobre quem dirigiu quando, ou coisas assim. Relevem qualquer detalhe fora de ordem (isso vale só pra a galera que viajou comigo, claro).
Acho que foi nessa ida para Las Vegas que nós paramos num McDonald's no meio da estrada, no meio do nada. E nós não sabíamos que cidade era, ou se era uma cidade. Era um McDonald's no meio do nada, e só. Nossa GPS estava meio louca, não sabia dizer também. Compramos nosso almoço do dollar menu, e continuamos.

Já era bem noite quando conseguimos enxergar as luzes de Vegas pela primeira vez. Acho que isso deixou a nossa chegada mais emocionante. Imagina, chegar de manhã não teria o mesmo impacto.
Sim, Vegas é exatamente como nós vemos nos filmes. Aquela cidade bizarra que aparentemente só tem uma rua, com vários hotéis luxuosos e luzes, e montanhas russas quase que no meio da rua (sim, montanhas russas nos hotéis). Limusines, gente bêbada pelas ruas, homens distribuindo fotos de mulheres peladas na calçada.



Ficamos hospedados no Planet Hollywood. Duas camas super confortáveis, tudo muito lindo, tudo muito bom.
Saímos para dar uma volta. Um frio desgraçado, eu de sobretudo emprestado e um puta salto alto que eu não sei PRA QUÊ que eu inventei de usar. Dei alguns passos, e pensei 'ah, que se dane!' e continuei todo o resto do caminho pisando de meia-calça no chão gelado, bem fim de festa. Drinks de meio metro, coloridos, de todas as formas, e a galera muito animada nas ruas. Ah, o mal em ser menor de idade. Das pessoas que estavam com a gente, só eu e o Rapha éramos menores de 21 anos. Ou seja, legalmente falando, a gente não podia beber. Ainda assim, usamos a Pati como compradora e fomos no Walgreens comprar um vinho. E tomamos ao ar livre, na boca da garrafa, dando tchauzinho pros policiais. Sim, vivemos perigosamente. Ah, gente, é LAS VEGAS, who cares?
Nessas idas e vindas pelos cassinos, nós recebemos mil cartõezinhos de prostitutas. Peguei meu celular e pensei "Quer saber? Vamos ligar!" e liguei.

"Olá, em que podemos ajudar?", disse a mulher do outro lado da linha.
"Oi, eu gostaria de contratar alguém!", eu falei com cara de safada, abafando o riso.
"Qual o seu nome?"
"Er... Tiffany. Meu nome é Tiffany!", e nessa hora segurei uma mega risada. TIFFANY, Paula? Não tinha outro nome menos... pornô?
"Okay, Tiffany, e onde você está hospedada?"
"Planet Hollywood"

E assim a conversa se seguiu. Eu não dei muitas informações sobre a nossa estadia, nem nada. Tudo à base de nomes falsos e informações incompletas. Só queria me divertir um pouco. Perguntei por gogô boys, e a mulher me disse que eles não se sentiam confortáveis com mulheres. Ou seja, serviço mais gay impossível. Então, eu pedi mulheres. Disse que só tinha um homem no nosso quarto, e eu e minhas amigas queríamos nos divertir. Falei que queria a mulher mais bonita. US$300 SÓ PRA DEIXAR A MULHER LÁ, e o resto a gente se resolvia diretamente com ela. Dei uma risada na cara da mulher, e desliguei assim que ela pediu o número do meu cartão de crédito.
Ah, eu mencionei que a conversa estava acontecendo no meio da rua, e com o viva-voz ligado? Todo mundo se acabando de rir.
Enfim, nos dois dias que se seguiram nós nos dividimos. Cada um fez o que gostaria. Um dia fomos juntos assistir ao musical "LOVE" do Cirque du Soleil, em homenagem aos Beatles. Sem palavras pra dizer o quanto é lindo.
As meninas foram nas baladas (que eu não fui porque não podia ir, maldita menor idade!), enquanto eu e o Rapha aproveitamos para assistir um espetáculo do Cirque Du Soleil, o KA. Incrível mesmo.

Finalmente chegou a hora de irmos ao Grand Canyon. Sim, era isso que eu esperava mais estando lá. Pagamos uma excursão, que durou o dia inteiro. Eu, Pati e Rapha. Nossa guia/motorista do ônibus era meio bizarra, e o Rapha foi obrigado a ir sentado do lado dela por sei lá, 3 horas. Coitado. "Where's my jump seat boy?" HAHAHA A pior cadeira de todos os tempos.
O Grand Canyon é MUITO incrível. Parece uma pintura divina, sério mesmo. Você fica olhando e admirando a beleza daquela coisa magnífica e enorme e linda. E alta, MUITO alta.
Eu fiquei me cagando de medo de chegar perto da beirada, porque não tinha proteção alguma e enfim, eu sou muito estabanada e pra eu tropeçar e cair e morrer era questão de tempo. Mais precisamente 8 segundos, que é o tempo que disseram pra gente que levava pra chegar do topo ao fundo do Canyon. Enfim, fui me arrastando pra poder tirar aquelas fotos maravilhosas. Bom, estou aqui, isso significa que eu não morri, mas gosto de dizer que foi por pouco. Venci na vida, sou uma linda. Obrigada.



No dia seguinte nós deixamos Vegas, em direção à San Diego. Mas não sem antes terminar o tour pelos cassinos. Eu não joguei em nada nenhuma vez. Tudo bem que é ilegal e tudo mais, mas eu fico pensando que talvez eu pudesse ter ficado rica com apenas 25 cents.



Minha impressão geral sobre Vegas: Achei tudo muito exagerado, e isso não é uma coisa ruim. A cidade exala sexo, álcool e dinheiro. Tudo bem, exala arte também. Acho que podia ter sido melhor se eu pudesse beber legalmente, e ir às festas e etc. Mas fica para uma próxima vez. E aí eu vou me casar numa capelinha daquelas com um reverendo vestido de Elvis Presley.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Road Tripping pela Califórnia (Parte I): San Francisco

Achei um bom motivo pra escrever. Me inspirei e quis compartilhar.
Esses dias fiquei olhando as minhas fotos de quando estava na Califórnia, e bateu uma saudade tão grande daquele lugar. Então eu resolvi escrever sobre a viagem.
Vamos lá:
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(Nosso carrinho lindo - a gente fazendo propaganda da KIA, lol)


Vou culpar a STB pela confusão nas minhas passagens de volta. Meu trecho deveria ser o seguinte: Orlando - LA - São Paulo - Natal. Mas fui informada pela STB daqui que isso não seria possível, porque não existiam voos com essa rota. E, enfim, acabei comprando a passagem à parte, sendo: Orlando - (esqueci) - San Francisco - Los Angeles. Eu não dormia há 2 dias. Faziam exatas 48 horas que eu não pregava o olho. Não cochilava nem por 10 minutos. Passei meus últimos dois dias em Orlando com os meus amigos, e chorando (muito!), e arrumando as malas, e me despedindo de tudo e todos. Não tive tempo pra dormir. Nem quis. Foi apenas quando eu sentei na poltrona do avião, que realizei como estava cansada. Como meu corpo pedia descanso. Mas eu não conseguia. Mal consegui descansar no avião. A viagem foi mega cansativa até Los Angeles. No fim, sobrevivemos (eu e o Rapha, que estava comigo).
Encontramos todo mundo, e fomos na Alamo pra resolver as coisas da locação do carro.
Infinitas horas passaram. Tudo ultrapassava o nosso orçamento, e a gente já tava à beira da loucura. No final, tudo se acertou, e nós pegamos nosso carrinho lindo e vermelho, com uma GPS (a quem chamamos de Bárbara).
Devo dizer que foi engraçado demais a gente tentando aprender a dirigir o carro. No começo todo mundo tava meio perdido, mas depois a gente se encontrou e foi ótimo dirigir (o carro era irado. Eu nunca tinha dirigido um carro de câmbio automático, às vezes sentia falta de passar a marcha, e ia passar, e lembrava que não tinha. Ficava no vácuo, hahaha).
Enfim pegamos a estrada. Uma amiga (Camilla) dirigiu até Santa Bárbara. Estava chovendo, e era noite. Minha mãe disse "Não vão dirigir à noite, muito menos se estiverem cansados!". Foi dito e feito... o contrário. Chegamos em Santa Bárbara na esperança de descansar um pouco antes de continuar até San Francisco. Acontece que já era tarde, e todos os lugares que encontramos estavam fechados, sem vagas, ou eram caríssimos. Cogitamos a possibilidade de dormir no carro mesmo, mas acabamos achando muito perigoso, e a melhor opção seria seguir até San Francisco e ganhar umas horinhas por lá.

Nessa hora, eu assumi o comando. Eu, que não dormia há três dias (contando com aquele). Mas acho que a adrenalina estava tão acelerada em mim que o cansaço não atrapalhou. Enquanto todo mundo dormia, eu dirigia pelas curvas da Highway 101 (eu acho que era essa), com o Rapha do meu lado, sendo o copiloto. Escutando as músicas do meu iPod (que sempre insistia em começar com uma música do Paramore que no fim da viagem a gente não aguentava mais, hahaha). Quando pensamos que não, o primeiro susto: uma freada brusca porque eu não vi um desvio na pista. Estava muito escuro e mal sinalizado. De um lado uma represa, do outro as montanhas. Olhei pro Rapha e agradeci à Deus, e a gente riu baixinho pra não acordar as meninas. Depois foi tudo bem tranquilo. Já estava amanhecendo quando eu troquei com Jaque e ela seguiu pelo pedaço de estrada mais perigoso do percurso.
Nós escolhemos ir pela costa. Seria um pouco mais demorado, mas em compensação muito mais lindo. Eram muitas curvas, e havia chovido. De repente, nos deparamos com um deslizamento de terra das encostas. De um lado as paredes caindo, e do outro o precipício seguido de oceano Pacífico. Todo mundo rezando dentro do carro, mas adorando a emoção. Depois trocamos novamente a motorista (revezar é preciso, ainda mais na nossa situação de cansaço) e a Pati seguiu até o fim.


San Francisco é tudo que eu imaginava e muito mais. Uma cidade limpa, linda, organizada, natural. Tudo que eu sempre quis. Foi paixão à primeira vista.
Chegamos ao albergue e dormimos por 14 horas. Será que o cansaço bateu forte? Todo mundo acordou meio desorientado ainda. Nos reunimos para o café da manhã, que era bem organizado. Nunca vou esquecer dos bagels com cream cheese, que nós sempre levávamos escondidos nos bolsos dos casacos, enrolados num guardanapo, para economizar no dinheiro do almoço ou lanche do dia.










No primeiro dia nós saímos a pé para conhecer a cidade. Pegamos um ônibus, vimos o principal de tudo, as ruas, algumas lojas. Haigh Ashbury, Golden Gate Park, essas coisas. Foi incrível ter podido fazer tudo através dos meios de transporte públicos e sem se estressar com nada. Subir as ladeiras foi divertido e nós ficamos super empolgados andando de bondinho.
No segundo dia, fizemos o resto. Píer 67, Fisherman's Wharf, Ghirardelli (fábrica de chocolates bem famosa lá), e óbvio, a linda e maravilhosa Golden Gate Bridge. Meus olhos brilharam quando eu avistei ela lá. Nunca fiquei tão feliz vendo uma ponte. Nem quando eu e Vinícius nos perdemos num shopping em Nova York, e acabamos abrindo as portas para dar de cara com a Brooklyn Bridge toda iluminada. Nem isso foi maior que a sensação de estar vendo o pôr-do-sol na ponte Golden Gate. Era muita felicidade contida numa só pessoa, e sendo extravazada naquele momento. As fotos com o vento bagunçando meu cabelo, e eu nem aí pra nada, só maravilhada em estar onde eu sempre quis.

Seguimos viagem no dia seguinte, rumo à Las Vegas, que não é Califórnia (é Nevada) mas ficava dentro das nossas possibilidades de rota e óbvio que não podíamos deixar passar. Além disso, eu PRECISAVA ir ao Grand Canyon (que não é Nevada, é Arizona, mas... hahaha).
San Francisco deixou MUITAS saudades, e definitivamente foi o melhor começo para a melhor viagem que eu já fiz. Adoro olhar pra trás e lembrar com boas risadas cada palhaçada daqueles dias incríveis. Vai ter volta. Ah, se vai! :)

sábado, 4 de junho de 2011

Disney, Super-homem e Lagostas

Eu estava andando numa praça enorme, meio sem rumo. O chão da praça era de paralelepípedo, todo desregulado, e eu lembro que eu tropeçava a cada alguns poucos passos. Olhei pro céu, era noite, e pulei. Não fui muito alto, e caí meio de mal jeito. Pulei de novo, dessa vez fui mais alto. E quando toquei o chão novamente, não caí, embora tenha me desequilibrado um pouco.
Olhei novamente para o céu com os olhos meio marejados, e na minha cabeça imediatamente veio: "The Second Star To The Right" (música de Peter Pan). Pulei mais uma vez, e dessa vez eu consegui ir bem alto. Balancei os braços, como quem nada borboleta no ar. E aos poucos eu ia me deslocando, e indo mais rápido, e mais longe. Eu mal podia acreditar que estava voando.
De longe eu avistei o castelo da Cinderela e fiquei incrivelmente feliz. Cruzei os braços, e caí instantaneamente.
Meu irmão e minha mãe vieram em minha direção e os portões do Magic Kingdom se abriram. Eu comecei a chorar. Muito. E dizia pra minha mãe o quanto eu estava feliz de estar ali, e que ia apresentar todas as minhas work locations etc. Encontrei a Angela, uma trainer que uma vez me ajudou a ajustar a máquina de café no Grove's (não que isso faça alguma diferença pra vocês).
Depois de ter feito um tour inteiro com eles, eu comecei a chorar e disse que nunca mais queria ir embora. Não teve jeito, tive que ir embora.

- Em algum momento do tour, nós passávamos embaixo d'água, e eu via uma colônia de peixes beta fêmeas. E um peixe beta macho saía do portão meio que 'fugido'. Achei interessante. -

Entrei no avião (não sei porque eu simplesmente não voltei voando) e lembro de ter falado ao telefone com a minha mãe. De repente, o avião deu uma pane e nós começamos a cair muito rápido. Quando uma força misteriosa nos segurou. O piloto informou que não estava fazendo nada, e alguém soltou a piadinha sobre o super-homem estar nos segurando. Todo mundo riu. Mas eu vi do lado de fora ele segurando a asa. Pousamos no mar, ao lado de um navio de carga. Tinha um píer muito lindo, e nós desembarcamos.
Saí do avião e perguntei à um pescador no píer: 'o que é isso?' e ele me disse 'lagostas' e eu 'Nossa, como as patolas delas estão pequenas. Que bizarro!' e ele resmungou sobre eu não reconhecer o trabalho deles ou a natureza das lagostas. Não quis discutir.
Vi quando o Super-homem largou da asa e se vestiu de médico. Eu gritei 'Thanks!' umas 3 vezes, enquanto ele me dava 'tchau' de costas e ia embora escondendo o rosto.
Não lembro de ter chegado em casa. Só acordei e pensei: 'que.porra.foi.isso?'.


Fim


Notem a minha clara falta de vontade em escrever direito. Mas ok. Escrevi. Já é alguma coisa.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

A terrível arte de questionar (e minha mania de falar sobre coisas aleatórias)

Tanta coisa pra eu me preocupar, e ainda assim, nada. Acho que estou me armando, e já não sei mais se desisto de tentar me proteger. Cansei de me machucar por coisas tolas. Cansei de dar atenção aos problemas bestas, e às pessoas erradas.
Ás vezes eu tô bem, ás vezes eu tô mal, e na maioria das vezes eu não sei dizer, e de uma maneira mais madura eu tento lidar com a falta.

- Amanhã se eu descobrir que vou perder TODOS os meus arquivos nessa merda de HD de bosta que já deu problema, eu vou processar a HP por DANOS MORAIS.

- Sinto a esperança brotar na minha vida. Snow Patrol no Rock In Rio: nem tudo está perdido.

Tenham paciência comigo. Eu sou assim mesmo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sumo, não nego, volto quando puder

Não venho sentido vontade de escrever. Antes era pela falta de tempo. Pela vontade de querer aproveitar tudo e todos lá em Orlando, mesmo eu tendo dito que ia fazer uma espécie de diário de bordo ao longo da viagem.
Mas perdi a vontade. Não consigo nem terminar um post sem perder a paciência e a alegria de escrever. Não fico mais animada em dividir as bobeiras do meu dia.
Então, é isso. Acho que é adeus.
Por agora.