quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Road Tripping pela Califórnia (Parte IV): Los Angeles

Chegamos ao começo do fim. Saímos de San Diego em direção à Los Angeles, nosso último destino antes de voltar pra o Brasil. Todo mundo meio assim com o coração na mão, né.
Pudemos logo de cara perceber a enorme diferença entre LA e os outros lugares que visitamos. Perdemos inúmeras saídas, brigamos com Bárbara (nossa GPS), e enfim, foi um pouco cansativo, mas no fim das contas tudo deu certo e chegamos ao Orbit Hostel.
Lá era bem ajeitadinho, mas de todos acho que foi o que eu menos gostei.
Eu precisava lavar as minhas roupas, então peguei tudo e fiz uma trouxa e fui sozinha até a lavanderia, que ficava perto da garagem e para chegar até lá era preciso arrodear o hostel pelo lado de fora. Nisso eu encontrei um cara bizarro, estilo Matrix que ficou falando que queria ser meu amigo, perguntando se podia me seguir, dizendo que gostou da minha energia (tudo isso com uma voz profunda e bizarra de um cara bizarro com botas pretas de Matrix e sobretudo longo). Grudou em mim, cismou que minha energia era cósmica. Eu fiquei morrendo de medo dele fazer alguma coisa comigo, mas como já me disseram meu santo deve ser mesmo muito forte.




Peço que me desculpem, mas não tenho muito a dizer sobre Los Angeles. Há quem discorde de mim, mas eu esperava muito mais. Não sei se foi por ficar menos tempo por lá, não sei se foi o fato de estar voltando pra casa em tão pouco tempo. Alguma coisa me fez pensar em LA como não sendo grandes coisa. A calçada da fama é só uma calçada onde as pessoas pisam. O Hollywood sign é só um monte de letras numa montanha onde você sobre um caminho meio filho da puta pra chegar lá de carro, tira a foto e vai embora. Mas não me levem a mal, lá é bem legal. Só não é como eu esperava.
Bom, o melhor de tudo com certeza foi ter visitado os estúdios Warner. Passeei por Rosewood (Pretty Little Liars) que também é Starshollow (Gilmore Girls). Vi o Merlotte's (True Blood), e o mais lindo de tudo: sentei no sofá do Central Perk (FRIENDS). Entre outras coisas bem legais.
Andamos à noite pela Sunset Blvd., parei pra tirar foto (e entrar, claro) no LA INK.




Uma coisa inesperada aconteceu: arranhamos o carro no estacionamento do hostel. O carro era vermelho, ficou com um monte de risco branco. A gente ficou desesperado tentando limpar pra ver se saía. Tentamos hidratante, água, sabão, mas nada funcionou. "Ok, estamos fodidos!" pensamos. Mas não, depois com a cabeça fria fomos à locadora, lemos o contrato e vimos que tinhamos o seguro contra isso.
No meu último dia lá o pessoal foi me deixar no aeroporto (e eu tenho quase certeza de ter visto a Meg Ryan de longe) e de lá seguiriam para a Disneyland. Eu estava me matando por dentro. Podia ter ido pra lá, queria ter ficado mais. Mas tive que ir embora. Meu coração doía demais, e eu só queria chorar. Dei tchau à todos e fiquei lá esperando meu voo.
Fiz um monte de anotações no iPod, todas falando sobre como eu não queria ir embora. Mas, é a vida né? Não podia ser pra sempre. E assim acabou, entrei no avião, chorei, dormi, cheguei em casa, fui recebida no aeroporto por família, amigos e cerveja, e fim.