quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vida e obra

Acho que eu deveria seguir o exemplo de Frank Aguiar, Lula, e Os Dois Filhos de Francisco, e eu mesma produzir o roteiro da minha história de vida para a indústria cinematográfica. Afinal, vai que alguém se interessa, né? É uma trajetória muito emocionante. Eu já tenho experiência no quesito biografias (vide "Weber, Uma História", escrito e produzido no ano de 2004, co-escrito/produzido por Carliane Sousa).

Eu pularia o capítulo sobre o meu nascimento. Todo mundo sabe como os bebês vêm ao mundo. Todo mundo sabe que é nojento, é seboso, é doloroso, e se você quer saber minha honesta opinião? Eu não acho que tenha nada de mágico em nascimentos. O ato de parir, em si, é muito tudo isso que eu falei aí. Você faz força e sai até o que você não quer, você tá lá toda arreganhada com um pedaço de cabeça saindo de dentro de você... A mágica só começa DEPOIS. Quando você vê o filhinho, todo feiosinho e enrugado, todo melecado de sangue, chorando as tripas fora, nos seus braços, doido pra arrancar um pedaço do seu peito de tanta fome. Mas é seu, veio de você, é uma vida, e a vida sim, essa é linda!

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Hoje eu vou prosear sobre a aventura vivida ontem. Foi aniversário de uma amiga (Amara), daí eu, Feli e ela fomos dar um rolé lá pela Zona Norte, tomar uma gela com a galera do metal, e etc.
A minha imagem da ZN é bem distorcida. É que eu tenho na cabeça que é um lugar violento e marginal e cheio de cafuçagem. Mas, ó... nem é (TANTO como eu pensava), tá? Gostaria de deixar bem claro o meu total respeito pela galera bacana de lá! A gente só vê no jornal os tiroteios, e mortes, e perseguições acontecendo lá, aí quer que tenhamos que ideia? Minha mãe trabalha lá, e ela me conta cada bizarrice que eu me espanto. Mas, enfim... Foi quase um passeio turístico.
Fazia tanto tempo que eu não pegava um ônibus que tinha até me esquecido que a passagem agora custa R$ 2,00. Mas, isso é detalhe.
No caminho, a polícia manda encostar o ônibus pra fazer um baculejo. Lá vai o amigo Feli descer, abrir as pernas, colocar a mãozinha na parede, ser vistoriado, enquanto eu e Amara estavamos a ponto de explodir em lágrimas (de tanto rir!).
Chegando lá, mortos de fome, resolvemos comer um sanduichão lá no ... coméronomemesmo? Bom, enfim... o famoso Sebosão nosso de cada esquina.
Só para constar: eu não como sebosão. Eu, diferentemente de milhões de brasileiros, só comi sanduíche de esquina DUAS vezes na minha vida. Então, devo dizer que pra mim isso é SIM uma aventura, ok? Porque eu fico pensando nas milhares de bactérias e doenças que eu estou sujeita a pegar ao ingerir aquela maionese caseira. Faço cara de nojinho, meu estômago embrulha, etc, etc... Dessa vez eu encarei na cara e na coragem, e putaquepariu, hein? Que negócio gostoso. Pittsburg perde fácil! E era mega ajeitadinho o local, então talvez seja por isso que eu não demonstrei nojo, nem nada parecido.
Daí que a gente bebeu, se embreagou... Foi ótimo! Até com os pequenos deslizes que não deveriam ter acontecido e aconteceram, que isso a gente deixa totalmente off dos comentários. Joguei futebol às 5h da manhã com um povo que nunca vi na vida, tirei um pedaço do meu dedo não sei como. Jogar futebol semi-bêbada às 5h da manhã e arrancar um pedaço do dedinho do pé, quem curte?

Olha só como são as coisas... só isso já dava um puta filmão! Melhor que o de Frank Aguiar e seus teclados, tenho certeza. Fico imaginando quem deveria fazer o meu papel... Não sei de ninguém suficientemente eu, além de mim. Se alguém tiver uma sugestão, se prontifique, tá?
Veremos o que dá pra fazer! :D






Um comentário:

  1. "Não sei de ninguém suficientemente eu, além de mim." HAHAHAHAHA. É por essas e outras q eu adoro esse blog. :*

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