quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que não me pertence mais

Um tempo atrás:

"Odeio essa sensação de ter as mãos atadas em alto mar. É como se eu tivesse caído e estou me deixando afundar, porque luto inutilmente pra chegar à superfície. Remar, impulsionar, se debater. Quanta perda de tempo! Engasgo com a água salgada que me corta a garganta. Em pouco tempo não irei mais respirar, vou afundar por completo e tudo vai ter um fim.
A dor acaba.
Eu não deveria sentir o meu corpo, eu deveria estar inconsciente. De algum modo ainda estou aqui. Completamente anestesiada, mas aqui. Como?
Olho para os pulsos e não vejo as cordas, só leves marcas como queimaduras, que não ardem, e provavelmente vão desaparecer dentro de algum tempo.
Sinto o oxigênio espalhar-se dentro de mim. Sinto um completo alívio, e é isso!"

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2 comentários:

  1. Depois de a pessoa ter, se preocupado, se acabado, se debatido, ela vai desacreditando, deixando de tentar até que, por ter parado de se mexer, bóia e é salva (haha). Ok, o que eu disse foi bem sem noção e inútil :~ :x

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  2. Uau! adorei esse post! mt bem escritooo :*

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