Ontem eu fui à Fortaleza para fazer a segunda entrevista que faz parte do processo seletivo para participar do Intenational College Program, que é aquele programa que eu falei que ia para trabalhar na Disney. O meu voo foi às 01:50h da manhã, chegando lá às 03:00h da manhã. Um horário muito inconveniente, tendo em vista que a gente teria que estar lá no local da entrevista bem cedo, para pegar fichas com um horário bom. Isso significa que não iríamos ter tempo algum para descansar.
Ainda no táxi, ligamos para a responsável pela pousada.
"Oi, eu tô levando um pessoal praí, quero saber o endereço certinho", disse o taxista.
"Pessoal de Natal? Que pessoal de Natal?", disse a mulher, e nós pensamos "COMO ASSIM?". Ou a mulher estava se fazendo de doida, ou a gente tinha levado um calote, ou sei lá, algo ruim do tipo.
De qualquer maneira, ela explicou o endereço e nós chegamos lá no horário. Foi então que descobrimos que houve um mal entendido com a reserva, e o quarto da gente estava reservado para o mês de Setembro, e não Agosto, como nós pensávamos. E aí? E aí que a pousada só tinha 3 quartos, e todos estavam lotados. Não íamos poder ficar lá, e precisávamos de um ponto de apoio, ou teríamos que andar Fortaleza inteira carregando malas e bolsas, e como era o caso das meninas, fazer todo o percurso de salto. O que não é nada legal para quem (como eu) não é acostumada à isso.
Conseguimos ficar umas 3h na pousada antes de sair para a entrevista, o que foi muito bom, porque a gente pôde tomar banho e se preparar.
Tinha um McDonald's perto do local da entrevista, mas eu tinha acabado de ver no site deles que não ofereciam serviço de café da manhã. Então nós fomos tomar café num Pão de Açúcar que tinha lá perto também. Péssimo define a qualidade da comida de lá. Não tinha café, os pães eram sem graça e os sanduíches naturais estavam fora da validade. Eu olhei pra tudo e nada me agradou, mas como eu precisava comer, optei pelo sanduíche natural vencido, porque afinal de contas, havia se passado só um dia, e eu confiei na melhor das hipóteses, que era a de que eu não iria passar mal depois de comê-lo.
Não passei mal, não se preocupem.
O sono estava tão grande que durante a palestra eu cochilei. Muito! Sabe quando você dorme e não percebe que está dormindo até que a sua cabeça cai e você acorda no susto? Pronto, imagine acontecendo e multiplique por 600, e foi mais ou menos a quantidade de vezes que isso aconteceu comigo e com o pessoal.
Pegamos a ficha das 16h e ainda tivemos tempo de comer (fomos ao McDonald's e eu descobri que lá estava sim tendo café da manhã. Fiquei puta pela informação errada no site, e ainda pedi um café e um McMuffin às 10h da manhã) e voltar para a pousada (outra, que conseguimos depois) descansar os pés.
A minha entrevista foi bem bacana, tranquila, não teve mistério. Estava um pouco nervosa no começo, meio ansiosa, mas isso faz parte, né? Depois me soltei mais, e o carinha que estava em dupla comigo também fez uma boa entrevista. Annie, a recruiter, foi bem simpática, e se Deus quiser vai dar tudo certo.
Com medo de não dar tempo de se entrevistada no mesmo dia da palestra, não comprei a passagem de volta. Voltar de avião em cima da hora ia sair muito caro, então optei por voltar de ônibus. Novamente fui atacada pela onda da informação errada: minha mãe havia ligado para o terminal de atendimento da viação Nordeste e eles haviam dito que tinha um ônibus que saía de lá em direção à Natal à meia-noite. Eu e um colega (que também fez a entrevista) chegamos lá com uma hora de antecedência (ou seja, às 23h) e descobrimos que o horário que eu fiquei sabendo estava errado e o ônibus já estava saindo. Corremos e graças a Deus ainda conseguimos entrar no ônibus. Se isso não tivesse acontecido, nós teríamos que ir à algum motel barato lá perto e esperar até às 5h da manhã pelo próximo ônibus.
Acabei tendo que sentar lá no finzão do ônibus, próximo ao banheiro. Ou seja, fiquei sentindo cheiro de mijo durante a viagem inteira. Eu também estava morrendo de sede, mas tive que aguentar até quase às 3h da manhã, que foi quando paramos num lugar que vendia coisas. Eu estava morta de cansada, e graças a Deus consegui cochilar alguma coisa até chegar em Natal. Mas, mesmo assim, quando cheguei em casa de manhã, deitei na cama e dormi até a hora de ir pra a faculdade.
A sensação foi de um dia que quase não teve fim, aquela coisa super demorada, onde os minutos se arrastam, com preguiça de passar.
Agora vou esperar umas duas semanas até sair o resultado, espero que dê tudo certo pra todo mundo que fez, mesmo que eu tenha que catar cocô de elefante no Animal Kingdom.
Keep the magic, y'all.
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