"Não corra", ele me disse olhando nos meus olhos. Estava a poucos metros de mim, com uma mão para trás e a outra segurando o guidão da bicicleta. Olhei para ele e meus pés agiram mais rápido do que a minha capacidade de raciocinar.
Ele falou "NÃO CORRA", e eu corri. Não olhei pra trás, não questionei, só reagi assim.
Passei voando por duas amigas que (mais atentas do que eu) já andavam rápido na minha frente, tentando escapar. Isso resultou numa reação em cadeia, e nós três corremos com toda a força de nossas pernas trêmulas.
A porta não abria, nós sacudíamos e gritávamos: "ABRE A PORTA, ABRE A PORTA!" pro porteiro. Entramos ainda correndo, e sentamos no sofá do hall de entrada do meu prédio, tremendo da cabeça aos pés, com os pensamentos fora de lugar.
E assim foi o primeiro quase-assalto que eu sofri. Bem em frente à minha casa.
Fiquei pensando "E se... o cara tivesse uma arma? Se ele tivesse atirado teria sido em mim, eu estava atrás, bem mais perto dele!", mas daí eu penso: "Mas ele estava de bicicleta, não ia nem ter como fugir. Ia ser pego, ia ser preso, não ia valer a pena". Enfim, não vou entrar no mérito das suposições. O acontecimento por si só já é ruim o suficiente.
Só digo uma coisa: a partir de agora (ou de ontem) eu vou tentar ser uma pessoa mais atenta, e menos cabeça de vento.
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Um post muito bom que conta mais detalhadamente o que aconteceu:
www.chansonsdemavie.blogspot.com
SE houver uma próxima vez (não vai, mas SEEEE...) e você correr, SE o cara não atirar em você, nem em mim, eu juro que mato você depois.
ResponderExcluirsrsly..
Pode não
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<3
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