Não consigo me lembrar exatamente se estávamos no Jardim II ou se foi antes disso, só sei que aquele dia me marcou. Eu tinha o quê? 6 anos, no máximo, mas me lembro de praticamente todos os detalhes do acontecimento.
Como sempre, a gente brincava no parque pequeno na hora do recreio. Naquela época tudo parecia tão grande, que pular de cima da casinha para a areia era uma aventura incrível.
De repente, aquele aglomerado de criancinhas em cima da casinha principal. E lá vem alguém me chamar, como se eu fosse a única pessoa que conseguisse resolver a situação.
Acontece que no alto da casinha, preso com o pescoço entre os pedaços da madeira amarela do 'telhado', tinha um passarinho. Ele já estava morto, não havia nada que eu pudesse fazer, mas mesmo assim, todos os coleguinhas agiam como se eu fosse a médica dos animais, e pudesse salvar aquela criaturinha. Eu aproveitei o espaço que me deram, peguei o pobre passarinho em minhas mãos, e coloquei dentro de um pote de margarina. E assim, nós fizemos do recreio inocente, o velório do bichinho. Com direito a cerimônia de enterro e tudo mais. Foi realmente emocionante, devo dizer. Eu nunca esqueci aquele dia.
Eu também já criei lagartas. Sim, lagartas, dessas que viram borboletas. Peguei no jardim de casa, e coloquei num potinho desses de comida de bebê. E fiquei dando folhas, e eu tirava elas do potinho pra brincar em cima da mesa do semi-internato. A maioria das pessoas tinha nojo, mas eu não. Elas tinham até nome, só que disso eu não me recordo. Passei um tempo com elas, até que um dia eu não conseguia mais achá-las. Tinham virado casulo, e em pouco tempo, duas mariposas charmosinhas. Soltei, e elas devem ter sido felizes para sempre!
Já "semi-adotei" um gato de rua. Ele apareceu lá em casa, mas minha mãe não podia saber, então eu e meu primo escondemos ele no quintal. Mas minha mãe descobriu. Isso foi em 1998, época de copa do mundo. O nome do gato era Ronaldo.
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Eu era mesmo metida a intelectual da natureza, desde pequena. Eu lembro de andar por aí segurando livros de biologia, ensinando as pessoas a determinar as idades das árvores, ou dando nomes das éspecies de animais. Eu sempre pensei que fosse ser bióloga. Ou veterinária, algo do tipo. E são mesmo coisas que me interessam. Mas não as vejo mais como ofício. Consigo me divertir, me preocupar, e ter a consciência que muitas outras pessoas deveriam ter. Como Publicitária, prometo levar essa conscientização às pessoas, fazendo-as acreditar que é possível mudar! Votem em mim! Há!
P.S.: Ontem (15/10), eu lembrei de outra coisa 'ecologicamente bonitinha' que me aconteceu quando pequena. Um passarinho caiu no jardim da minha casa com a asa meio ruinzinha. Não conseguia voar direito, e tava com fome. Eu acolhi a avezinha linda, dei comida e abrigo, até ela conseguir voar de novo. Agora vem a parte meio bizarra da coisa, haha. Quando ela tava melhor, eu pintei uma das patinhas dela com tinta guache azul, e chamei de 'Azulzinho'. E toda vez que eu visse aquela rolinha de perninha azul por aí, eu saberia que era ela. Nunca mais eu vi a criatura. Hahaha
Fico em dúvida se comento que voce era realmente a única capaz de salvar (ou enterrar) o passarinho, se pergunto onde voce fo na casa das freiras pedir um pote de margarina (pq né...) iuaheiauheiauhe
ResponderExcluirEscolho falar da lagarta... que crianca mais.. mais.. Que gostos mais...
ARGH
=*
Eu lembro do velório do passarinho :~
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